O mercado de madeira é muito especializado.
As grandes indústrias consumidoras estão plenamente capacitadas para atuar com eficiência no mercado. Através de inventários florestais periódicos, obtêm índices técnicos tais como diâmetro e altura média, árvores/ha, Área Basal/ha, Fator de Forma das árvores, Coeficiente de Empilhamento, Cubagem Rigorosa, Volume/ha, etc., que possibilitam o controle total da produção.
Os produtores particulares, de modo geral, não conhecem estes mecanismos de controle e não têm como vender a produção diretamente às indústrias.
Quem realmente faz a exploração florestal é o atravessador, também chamado de empreiteiro e que tem conhecimento prático do mercado.
Como em qualquer outra profissão, existem bons e maus empreiteiros. Para o mau empreiteiro é muito fácil desviar parte da produção de um produtor despreparado. O artifício mais comum é oferecer um preço maior que a concorrência e depois desviar parte da produção. Isto pode ser feito através pequenos desvios em cada caminhão ou caminhões inteiros que saem sem serem anotados. Cumpre notar que esta perda de produção nem sempre é por má-fé do empreiteiro, mas simplesmente falta de preparo para exercer a função. Veja o resultado econômico da questão, considerando-se uma perda de 20% (vinte por cento) da produção.